quinta-feira, 15 de março de 2018

Exercícios sobre tipos de sujeito (8º ano)

Queridos alunos,

Para acessarem os exercícios sobre tipos de sujeito, cliquem AQUI.

Bons estudos,


Prof.ª Teresa Cristina

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Ganhe por dar

 - Leve isto àquela viúva pobre que mora na entrada da cidade - disse o velho sapateiro alemão ao seu jovem aprendiz, entregando-lhe uma cesta de legumes frescos da sua horta.

O sapateiro trabalhava duro no seu ofício e cultivava sua pequena horta para conseguir sobreviver e, ainda assim, sempre dava o pouco que tinha.

 - Como o senhor consegue dar tanto? - perguntaram-lhe.

 - Eu não dou nada - disse ele. - Eu empresto ao Senhor e Ele me paga de volta muitas vezes mais. Fico envergonhado das pessoas pensarem que sou generoso, quando recebo tanto de volta. Há muito tempo, quando era bem pobre mesmo, vi alguém ainda mais pobre do que eu. Queria dar-lhe algo, mas estava difícil de fazer isso. Eu dei e o Senhor me ajudou. Trabalho nunca me falta e minha horta produz em abundância. Desde então nunca hesito quando ouço falar de alguém em necessidade. Não, mesmo que eu desse tudo o que tenho, o Senhor não me deixaria morrer de fome. É como dinheiro no banco, só que desta vez o banco - o Banco do Céu - nunca falha, e os juros retornam a cada dia.

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Texto retirado do livro Histórias para encantar e desenvolver valores, de Solimar Silva.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Fidelidade

Pítias, condenado à morte pelo tirano Dioniso, passava na prisão os seus últimos dias. Dizia não temer a morte, mas como explicar que seus olhos se enchessem de lágrimas ao ver o caminho que se abria diante das grades da prisão? Sim, era a dura lembrança dos velhos pais! Era ele o arrimo e o consolo deles. Não mais suportando, um dia Pítias disse ao tirano:

 - Permita-me ir a casa abraçar meus pais e resolver meus negócios. Estarei de volta em quatro dias, sem acrescentar nem uma hora a mais.

 - Como posso acreditar na sua promessa? Os caminhos d=são desertos. O que você quer mesmo é fugir - respondeu Dioniso, irônica e zombeteiramente.

 - Senhor, é preciso que eu vá. Meus pais estão velhinhos e só contam comigo para se defenderem - insistiu Pítias, com o olhar nublado de lágrimas.

Vendo que o tirano se mantinha irredutível, Damon, jovem e amigo de Pítias, interveio, propondo:

 - Conceda a licença que meu amigo pede; conheço seus pais e sei que carecem da ajuda do filho. Deixe-o partir e garanto sua volta dentro dos dias previstos, sem faltar uma hora, para lhe entregar a cabeça.

A resposta foi um não categórico. Compreendendo o sofrimento do amigo, Damon propôs ficar na prisão em lugar de Pítias e morreria no lugar dele se necessário fosse. O tirano, surpreendido, aceitou a proposta e, depois de um prolongado abraço no amigo, Pítias partiu.

O dia marcado para sua execução amanheceu ensolarado. As hora passavam céleres e a guarda já se mostrava inquieta. Entretanto, Damon procurava restabelecer a calma, garantindo que o amigo chegaria a tempo.

Finalmente chegara a hora da execução. Os guardas tiraram os grilhões dos pés da Damon e o conduziram à praça, onde a multidão acompanhava em silêncio a cada um dos seus passos.

Subiu, então, ao cadafalso. Uma estranha agitação levou a multidão a prorromper em gritos. Era Pítias que chegava exausto e quase sem fôlego. Porém rompendo a multidão, galgou os degraus do cadafalso, onde, abraçando o amigo, entregou-se ao carrasco sem o menor pavor.

Os soluços da multidão comovida chegaram aos ouvidos do tirano. Este, pondo-se de pé em sua tribuna, para melhor se convencer da cena que acabava de acontecer na praça, levantou as mãos e bradou com firmeza:

 - Parem imediatamente com a execução! Esses dois jovens são dignos do amor dos homens de bem, porque sabem o quanto custa a palavra. Eles provaram saber o quanto vale a honra e o bom-nome!

Descendo imediatamente daquela tribuna, dirigiu-se a Pítias e a Damon. Dioniso estava perplexo, e, abraçando-os comovidamente, lhes falou:

 - Eu daria tudo para ter amigos como vocês!

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Texto retirado do livro Histórias para encantar e desenvolver valores, de Solimar Silva.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Estenda a mão

Era um dia frio de inverno em Nova York. Um menininho de uns dez anos de idade contemplava a vitrine de uma loja de calçados na Broadway. Descalço, e tremendo de frio, ele observava a mercadoria. Uma senhora, aproximando-se, perguntou por que ele estava olhando para a janela tão concentrado.

 - Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu.

A senhora, segurando suas mãos, entrou com ele na loja e pediu para o vendedor pegar uns seis pares de meia. Depois perguntou se ele poderia ceder uma bacia com um pouco de água quente e uma toalha. O vendedor atendeu prontamente ao pedido. Levando o menino para o fundo da loja, a senhora tirou suas luvas e, ficando de joelhos, lavou e secou os seus pés. A essa altura o vendedor voltou com um par de meias nas mãos.

Calçou no menino as meias e comprou-lhe um par de sapatos. Juntou os outros pares de meia e entregou-as a ele. Fazendo um carinho na cabeça do menino, perguntou-lhe se ele estava se sentindo melhor.

Ela estava se virando para ir embora quando o menininho segurou sua mão e, olhando-a nos olhos, chorando, perguntou:

 - A senhora é esposa de Deus?

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Texto retirado do livro Histórias para encantar e desenvolver valores, de Solimar Silva.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Capelinha da generosidade

Um homem tinha dois filhos. Ao morrer deixou-lhes todas as suas terras como herança. Metade da lavoura para cada um. Fernando, o mais jovem, era rico. Casado, mas sem filhos. Luís Antônio era pobre, com família grande: cinco filhos.

Certa noite Fernando não conseguiu dormir, só pensava: "Meu pai equivocou-se ao deixar metade de suas terras para mim. Como estou bem de vida, não preciso de tanta propriedade".

No alvorecer do dia, Fernando foi direto ao campo, a fim de alterar os limites de sua lavoura, em benefício do irmão.

Coincidência ou não, também Luís Antônio passara a noite em claro, com um único pensamento na cabeça: "Meu pai enganou-se na partilha. Tenho cinco filhos, ao passo que o Nando não tem nenhum. Ele merece um prêmio, ainda mais que anda triste e abatido ultimamente..."

Antes de o sol raiar, Luís Antônio correu ao campo também, decidido a corrigir os limites de sua propriedade. Mais terra para o Fernando. Em plena roça os dois irmãos se encontraram. Emocionados se abraçaram. Conta a história que uma capela foi construída no exato local daquele encontro fraternal. A capelinha da generosidade.

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Texto retirado do livro Histórias para encantar e desenvolver valores, de Solimar Silva.