Um dos principais escritores brasileiros, Carlos Drummond de Andrade possui diversas obras excelentes. Uma das mais conhecidas, talvez, seja o poema No Meio do Caminho, reproduzido a seguir:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
As "pedras no nosso caminho" são normalmente associadas aos diversos obstáculos que enfrentamos diariamente. Algumas são pequenas, outras maiores; às vezes estão sozinhas, outras vezes aparecem em quantidade tão grande que parecem formar uma muralha; podem estar enfileiradas, uma atrás da outra, ou com um grande espaço entre elas. Mas a única certeza é que elas sempre aparecem, e nunca sabemos quando virá a próxima, nem qual será a última.
Justamente por esse texto ser um poema famosíssimo de tão renomado autor, diversas referências e releituras já foram feitas sobre ele. Uma delas, por exemplo, encontra-se nessa tirinha em quadrinho:
Como será que temos encarado as "pedras no nosso caminho"? Com o desânimo do homem, que só "fica de mimimi", ou com a animação da formiga, que enxerga na pedra uma oportunidade de algo mais interessante? Vale a reflexão, para repensarmos nossos atos!
Quando um texto faz referência a outro, dizemos que ele apresenta intertextualidade. Vocês conhecem outro exemplo de intertextualidade envolvendo o poema de Carlos Drummond de Andrade? Compartilhem conosco!
Um abraço,
Profª. Teresa Cristina
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